Este subsídio para a formação permanente, a nível pessoal e comunitário, é uma proposta que o Secretário Geral da Missão faz a cada confrade e comunidade. Como é sabido por todos nós, a exortação apostólica Evangelii Gaudium pôs em relevo a mudança epocal do nosso tempo e a necessidade de uma profunda renovação na Igreja, para viver com alegria o Evangelho e ser fiel à própria vocação de discípulos-missionários de Jesus. Com esta visão renovada da igreja continua a emergir sempre mais uma Igreja «em saída», em que a missão é paradigma do seu ser e do seu agir, em escuta do Espírito através do grito da humanidade que sofre, dos pobres e da Criação. O magistério do Papa Francisco insiste sobre a visão de uma Igreja ministerial, isto é, fraterna, impregnada «do cheiro das ovelhas», sinodal, colaborativa e que testemunha a alegria do Evangelho com o anúncio, com o estilo de vida e com o serviço. Uma Igreja que empreende um caminho de conversão e que supera o clericalismo e o cómodo critério pastoral do «sempre se fez assim» (EG 33).
Tudo isto se concretiza em escolhas de redução e requalificação dos empenhos, desenvolvendo serviços pastorais específicos, saindo em direcção a grupos humanos marginalizados ou em situações de fronteira.
Para ajudar-nos a crescer neste caminho, o Guia para a actuação do XVIII Capítulo Geral reservou o ano de 2020 à reflexão sobre o tema da ministerialidade. Desejamos propor uma acção-reflexão, isto é, uma abordagem que parta da experiência, reflicta criticamente sobre o potencial transformador e as suas criticidades, para discernir cursos de acção renovados.
O próprio Comboni no Plano de Regeneração da África com a África, com base numa experiência directa da missão, de estudos de aprofundamento e de confronto com outras experiências, encontrou no estilo ministerial a resposta ao desafio «impossível» da evangelização da África. O seu Plano reflecte uma compreensão sistémica da abordagem ministerial: uma obra colectiva e «universal», que cria redes de colaboração que reúnem todas as forças eclesiais, reconhecendo a cada uma a sua especificidade e originalidade. Uma obra que dá vida a uma pluralidade de serviços, em resposta às necessidades humanas e sociais, para as quais prepara cientificamente alguns ministros ad hoc, e que prevê a fundação de comunidades missionárias sustentáveis do ponto de vista ministerial, socio-económico e da significação social. Como nos recordam também Bento XVI e Francisco, a igreja cresce por atração, não por proselitismo.
Plano do subsídio
= Tema 1: O papel ministerial do presbítero
= Tema 2: A colaboração ministerial
= Tema 3: Evangelização e ministérios
= Tema 4: O contributo ministerial dos leigos